terça-feira, 3 de dezembro de 2019

Política Externa Norte-Americana


POLÍTICA EXTERNA NORTE-AMERICANA


Aluno B, Aluno C e Aluno H[1]



Resumo: O artigo escrito teve como base o conteúdo visto em sala de aula tanto, no jornal “Folha do Subúrbio”, quanto no livro o “Golpe de 1964”, afim de entender a relação americana com a política e campanha da época. 





Palavras Chave: Golpe de 1964, Guerra Fria, Anticomunismo, Jornal.





Segundo o material utilizado na pesquisa: (“O golpe de 1964” - Carlos Fico, historiador brasileiro, especialista em História do Brasil República e Teoria da história, com ênfase em temas como ditadura civil-militar) a relação americana com o Brasil justificava-se a uma rivalidade aos comunistas que visavam designar jargões aos mesmos como: “ateus corruptos e cruéis”. Segundo a “Folha do Subúrbio” afim de difamar a imagem dos mesmos. A repressão brasileira se deu início no movimento chamado de “Intentona comunista”¹. 

Com a participação do Brasil na Segunda Guerra Mundial foi-se fortalecendo cada vez mais essa aliança, que era extremamente vantajosa aos EUA, que era o principal fornecedor bélico. E após a Segunda Guerra Mundial os Estados Unidos se aproximou mais do Brasil, tendo apoio técnico e elaborações de projetos do "grande irmão do norte", que era apoiado pela ideia e medo do Brasil se tornar “outra Cuba”, que não seria permitido de forma alguma, para isso podia ser adotada medidas de ações unilaterais e invasões. 

Os Jornais da época adotavam um ponto de vista bastante vantajoso em relação aos EUA. Como demonstrado em "Folha do subúrbio" os Estados Unidos estavam ajudando o povo do Vietnã do Sul a enfrentar a agressão comunista. (Folha do subúrbio, Camaçari, 30 de abril de 1966, ano XXX). Do ponto de vista do jornal Folha do Subúrbio os EUA tem um perfil de potência salvadora, que busca preservar a liberdade de outros países que corriam o risco de se tornar um país comunista. 

Então a partir daí, os EUA ficou cada vez mais presente na política Brasileira no governo de Eisenhower², com as civic actions³ que realizava diversas obras por meio das forças militares como: engenharia, transporte, saneamento, etc, que eram estratégias chamadas de “Contrainsurgência”, como também serie de treinamentos aos militares brasileiros. 

O principal feito na época foi a criação da Aliança para o Progresso, “que inicialmente era um programa de ajuda financeira, mas tinha moldura ideológica que a comprometeu” afirma Carlos Fico. Todas essas manobras americanas não passavam de uma tentativa de aproximação criando a imagem de irmão do norte tornando o Brasil palco secundário da Guerra Fria. 

O Tópico de “Desestabilização e Conspiração” do livro de Fico ressalta o interesse americano. (..)Grupos nacionais, com o apoio dos EUA, patrocinaram , entre 1961 e 1964, uma grande campanha contra o presidente João Goulart, que envolveu muito dinheiro e extensiva atividade de propaganda(..). O golpe em si se deu pela falta de votos de oposição a Goulart, assim o golpe seria o único caminho viável para conquista do poder.
 
Em 1962 a campanha de desestabilização ficou ainda mais presente quando os EUA, investiu 5 milhões em campanha aos governadores de oposição a Goulart, seus estados eram chamados de “ilhas de sanidade administrativa” segundo o embaixador americano Lincoln Gordon. Que além de jornais interferiam diretamente em setores como rádio, unidades móveis de exibição de filmes, publicações de livros, ensino de inglês e programas de intercâmbio. Os mais beneficiados foram o (Ipes):Instituto de Pesquisas e Estudos Sócias, e o (Ibad):Instituto Brasileiro de ação Democrática. 

O estopim para o golpe militar aconteceu em março de 1964, quando Jango, após um discurso inflamado no Rio de Janeiro, determinou a reforma agrária e a nacionalização das refinarias estrangeiras de petróleo. Logo os Jornais da época de forma direta assim como a classe média apoiaram de forma bem explicita o ocorrido: 

1. “Salvos da comunização que celeremente se preparava, os brasileiros devem agradecer aos bravos militares que os protegeram de seus inimigos” “Este não foi um movimento partidário. Dele participaram todos os setores conscientes da vida política brasileira, pois a ninguém escapava o significado das manobras presidenciais” (O Globo - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964). 
2. “Escorraçado, amordaçado e acovardado, deixou o poder como imperativo de legítima vontade popular o Sr. João Belchior Marques Goulart, infame líder dos comuno-carreiristas-negocistas-sindicalistas. Um dos maiores gatunos que a história brasileira já registrou., o Sr João Goulart passa outra vez à história, agora também como um dos grandes covardes que ela já conheceu.” (Tribuna da Imprensa - Rio de Janeiro - 2 de Abril de 1964). 


Conclusão 

Com o conteúdo visto em jornais e livros pode-se perceber que toda a manobra que culminou no golpe derivou da manipulação americana com medo do Brasil se tornar um país comunista, visto que Goulart defendia medidas de esquerda para então política brasileira, o que desagradava também as elites, já que suas implantações favoreciam os povos de classe baixa, usaram de artifícios como a “marcha da família com Deus pela liberdade” afim de atrair o público religioso para contra Jango e investimento pesado em publicidade. Com isso, podemos notar que até expressões como golpe foi reformulada para revolução afim de diminuir o impacto e deixar mais maleável o acontecido.



Referências: FICO, Carlos. O Golpe de 1964: momentos decisivos. Rio de janeiro: Editora FGV, 2014.



[1] Alunos do Colégio Estadual Professor Edílson Souto Freire

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